Tentação!

E em mais um domingo, três horas da tarde, em frente a televisão (absorvendo tudo aquilo que não se deve ser absorvido) sua imagem me veio a memória.
Cada detalhe seu percorria minha mente!
A memória de cheiro, cores, testura e sabor me afligiam, me incomodavam e me faziam implorar por sua presença ao meu lado.
Mas NÂO!
Você já me fez muito mal, sua maneira de dominar minha mente me irrita.
Detesto perder o controle da situação e não vai ser essa impulsividade toda que me fará ir atrás de você.
Dominada pela Luxúria, estupidamente catei a chave do carro e fui a sua procura. O CD, propositalmente escolhido, fez com que lágrimas escorressem de meus olhos. Afinal de contas, mais uma vez me entreguei a sua busca. Ao te encotrar, sem medo das consequências te coloquei em meu carro e te levei pra minha casa.
Sim! Sim! Sim! Já estavamos ali e não tinhamos mais nada a perder. Você, absurda e deliciosamente, não fez nada para resistir aos meus comandos. Eu te esquentei na medida certa, adicionanto aos poucos tudo o que pudesse te fazer mais e mais interessante. Em minhas mãos você se tornou sensível e cruel. Minha mente já não se preocupava com as idas e vindas que a percorriam. Todas as crueldades e devaneios que você me causou não foram suficientes para que minha força superasse meu desejo.
Enfim, tivemos uma linda tarde juntos. Eu, saciada e você acabado. Meu corpo doía e você, imóvel, nem se importava. Não havia mais nada que eu pudesse fazer. Simplesmente te lavei e te deixei repousar. Meu instinto mais uma vez me deu o bote. Minha falta de força de vontade e amor próprio fizeram com que eu perdesse a noção de quanto você me faz mal!
E na segunda feira, ao acordar, tentando fechar o botão da minha calça jeans sua imagem me voltou a mente.
Eu não deveria ter feito o que fiz, eu devria ter resistido a tentação.
Eu te amo e não te quero mais, meu inofensivo Brigadeirão!